segunda-feira, 30 de novembro de 2015

Sensação de solitude

Estava sentado num banco de praça, comendo pipoca e vendo nos pedriscos com cheiro molhado um bando de pompos que sabem que é domingo e vieram namorar.


Fecho os olhos e sinto a brisa fria, com jeito miúdo, porque o tempo é de chuva mas o Sol achou jeito de numa fresta esquentar a madeira do meu banco.


Passarinhos cantam um grugrulho, os carros passam silentes, o gosto que sinto é de manteiga na boca e o cheiro fresco traz de longe um café coado naquela hora ao nariz.


Queria agradecer a tudo e a todos, ao universo, ao sorriso das pessoas que alegres caminham de mãos dadas, as flor que acordam moles amarelas e laranjas nessa primavera, e a você, que pensa em mim com dedos indicador e médio da mão direita em seu coração.


Aqui nessa praça, sou astronauta no cosmos das minhas emoções e pretendo agir e girar, e viajar, gargalhando em mim mesmo as gotas de água que caem das árvores, estrelas brilhantes atiradas nas pálpebras parabrisas da desvairada imaginação.

Quem é feliz, feliz realmente, sabe que só se ama incondicionalmente, quando se aprende a amar só. Quem tem medo da solidão não atinge o verdadeiro coração, nem conhece a beleza mágica da solitude. Que domingo incrível será sua vida quando a solitude conseguir encontrar!

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