quinta-feira, 28 de outubro de 2010

Difícil poema sem esquema, sem trema.

Nada é puro para o belo.
Nada é duro para o celo.
Tudo é vago sem cabresto.
Tudo é pago com arbesto.

Sem timento não aguento.
Sem lamento só convento.
Aguenta e contenta.
Chora e frequenta.

Viva e perdura.
Morra a brandura!

Tudo é fácil no fosco.
Difícil é viver no tosco.

Colorido já apagou.
O cinza imperou.

Diminuo o rítmo.
que estimula.
Estimula
simula.
mula. 

A grande carregadora
de males mundanos
de versos,
de berços
de terços
apreços.

Chora que o puro não é belo.
Que não existe duro pro celo.
Ordens vagas não tem cabresto.
E o dinheiro é amianto. 

Ami anto.
Câncer por arbesto.

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