Uma vez, li num livro barroco de autoria anônima que as mesmas flores que dão nectar para as abelhas produzirem delicioso mel, servem para as criaturas peçonhentas como insumo para a manufatura de poderoso veneno.
Ou seja, os recursos podem ser manipulados pelas pessoas da forma que acomodem seus interesses, independente da roupagem que seus ideais sejam apresentados.
O imposto é o recurso que o Estado arrecada dos seus cidadãos para se fazer cumprir as ações inerentes à sua função. Com esse recurso é possível acabar com a miséria e pobreza, desenvolver regiões menos favorecidas e assim conseguir um benefício maior para toda a população. É bom ser abastado e é difícil repartir recursos limitados para pessoas e áreas carentes que aparentemente não têm ligação com nossos familiares ou semelhantes próximos. Mas é através do sucesso pleno de toda a nação que poderemos elevar os nossos próprios ganhos, garantindo formas para que possamos nos elevar individualmente a novos patamares de qualidade de vida.
Se refletirmos, veremos que é assim que funciona o Estado brasileiro trabalha na promoção na redução das desigualdades, e que atacar as formar e os recursos utilizados para se realizar um bem é no mínimo ingênuo, se desconsiderarmos as reais intenções por trás das intenções.
Como exemplo, podemos citar a bolsa família, que ajuda uma parcela carente da população através de determinada parcela de nossos impostos. Alguns críticos dizem que o dinheiro empenhado nessa tarefa é desperdiçado, porque tem finalidade eleitoreira. Outros podem dizer que esses recursos não voltam como giro de capital, e por isso não se sustenta a longo prazo. Mas é fato que se essa política de redistribuição de renda for bem aplicada, tiraríamos pessoas que nesse momento não produzem para um lugar ao sol junto ao mercado de consumo, o que aumentaria a riqueza do país como um todo, favorecendo nosso comércio, indústria e consequentemente geraríamos empregos de qualidade com maiores remunerações.
Agora, a forma como isso é feito pode e deve ser analisado criteriosamente. É dever dos cidadãos fiscalizar e emitir opiniões construitivas, buscando que do mel dos recursos produza-se o mel do bem estar social. Porque o perigo do veneno da corrupção e dilapidação das divisas existirão sempre, nesse programa ou em qualquer outro apresentado por qualquer partido que venha a liderar nosso país através das eleições.
Nenhum comentário:
Postar um comentário