Cuidado ao menosprezar a dor alheia, achando que se fosse você quem estivesse no lugar, lidaria mais facilmente com a situação.
Segundo a educação, cultura e ponto de vista, cada um consegue se adaptar mais facilmente em algumas situações do que outras.
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Durante minha pré-adolescência, tive uma dor de cabeça perene, fraca mas latejante, e achava que todas as pessoas também eram assim. Até que com meus 15 anos de idade ela desapareceu, e percebi um mundo diferente. Mesmo assim, até hoje tenho uma tolerância maior à dor física que a média, e acredito que seja esse meu treino forçado para me adaptar tenha mudado minha forma de interpretar a dor.
Porém sou hiperativo, e não paro um segundo sequer de falar, quando estou perto de alguém, estranhos ou amigos. E isso as vezes incomoda as pessoas, pois além de tudo, falo alto.
Aonde quero chegar? Bem. Por mais que tente entender as pessoas que são suscetíveis à pequenas doenças, não consigo ter paciência com essa baixa limiaridade, chegando mesmo a confundir com frescura. Porém, quando vejo uma pessoa que fala demais e dá uma bola fora, por pior que seja, eu consigo entendê-la, porque sinto na pele, já fiz isso várias vezes.
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Exemplo esdrúxulo para explicar o aforismo, não? Mas creio ser esse um dos principais erros da nossa cultura: Não aceitar a diferença.

Aquele que mora no pântano sempre está preparado para alagamentos, e ri das pessoas da cidade na primeira enchente da TV. As pessoas da cidade têm saneamento, e riem dos moradores do pântano, quando estas pegam doenças comuns.
Sabedoria para entender o diferente. É do que precisamos. Tolerância.