segunda-feira, 11 de agosto de 2025

Amianto

 

Nada é puro para o belo.

Nada é duro para o celo.

Tudo é vago sem cabresto.

Tudo é pago com arbesto.

 

Sem timento não aguento.

Sem lamento só convento.

Aguenta e contenta.

Chora e frequenta.


 

Viva e perdura.

Morra a brandura!

 

Tudo é fácil no fosco.

Difícil é viver no tosco.

 

Colorido já apagou..

O cinza imperou.

 

Diminuo o rítmo.

que estimula.

Estimula

simula.

mula. 

 

A grande carregadora

de males mundanos

de versos,

de berços

de terços

apreços.

 

Chora que o puro não é belo.

Que não existe duro pro celo.

Ordens vagas não tem cabresto.

E o dinheiro é amianto. 

 

Ami anto.

Câncer por arbesto.