quarta-feira, 17 de novembro de 2010

São José do Rio Preto

Vista da Represa de Rio Preto
    São Hell City, paradisíaca cidade do interior de São Paulo fundada por mineiros. Não imaginava o que iria encontrar lá, quando fui passear sem lenço nesse feriado  da proclamação da República.
    Linda, quente, limpa, cidade educada e muito agitada. Posso garantir que 3 dias só serviram para me apaixonar, pois é muito pouco tempo pra conhecer pessoas tão alegres que incendeiam a cidade com um contágio que não cheguei nem a presenciar na interiorana Ourinhos, terra dos meus que costumo visitar todos os anos.
    Prepare-se para muito sertanejo, idolatrado nos arredores. Mas também para se surpreender com uma vida noturna muito agitada, com direito a culinária diversificada, e bares muito bem freqüentados, além das festas esporádicas.
Thermas dos Laranjais
    Quando estive lá, fui na http://www.choppfest.com/, na Vila Conte, um lugar bem bucólico pra "ornar" com o Leitão à Paraguaia, chopp Brahma e som de Rodeio. Muito legal. Fui também ao curioso e divertido Vila Dionísio, um super Pub muito legal com um cardápio de centenas de cervejas e vários graus centígrados abaixo do calorão da cidade, além de um repertório de bandas da diretoria http://www.viladionisio.com.br/riopreto.php.
    E porque não dizer, aproveitando minha estadia na região, andei alguns quilômetros à mais até Olímpia para as Thermas dos Laranjais http://www.thermasdeolimpia.com. Passeio top para descansar, tomar cerveja com os amigos e curtir muitas piscinas com água vulcânica.
    Passeio imperdível. Recomendo com força para qualquer um. Posso pedir de aniversário 1 ano de passeio em São José do Rio Preto?

Crianças Azuis vivem chumbando o caneco.

Terráqueos são lunáticos. Marcianos são seres solares. Que vivem ímpares e em bares....

Assim é ser um Inca, um inca em parte, um Inca de Marte.

Não digo nunca pra nada que não possa ser negado. E tudo pode. E não digo nada pro tudo. E digo tudo pro nada. Por nada. Pra tudo;

Como o que é que por que quer? Se quer? Ah quer!

Informações incognissíveis. Inacessíveis ao olho nu da mentalidade doida dos lunáticos desse planeta....terra e água.

Planeta terra e água. Nota que 2 terços dele é azul? Porque o equilíbrio da humanidade depende dessa assimétrica distribuição.

E você nota que vivemos no 1 terço terracota? É pros pontinhos azuis nela piscarem. E brilharem!

sexta-feira, 12 de novembro de 2010

Arcabouço do mistério

Acredito na existência da fé.

Mas existem coisas acima dela.

E eu, através de imersões bárbaras, julgo ter testemunhado um esboço do que seriam elas.

Mas ainda não sei o que são, ainda não entendo o que vejo, escuto e ouço.

Também não sei se vêm das vanglórias do céu, ou das profundezas da terra, do mal.

Mas sei que são coisas bem acima da fé.

Dá medo tanta força a ser descoberta, incontável e inconcebível talvez ao cérebro humano.

Coisas que estupefariam o cérebro, levando talvez a insanidade.

Mas tenho que descobrí-las. Tenho.

quarta-feira, 10 de novembro de 2010

Isadora Duncan

"A beleza da arte não é feita de ornamentos, mas daquilo que flui da alma humana inspirada e do corpo que é seu símbolo..."

sexta-feira, 5 de novembro de 2010

Visitantes de Tongkonan layuk

Vitrine de mortos no penhasco
     Entre os moradores de Kalimantan e os de Molluccas, viventes da Indonésia, existe o costume de mumificar seus mortos e deixá-los com seus pertences habituais de moradores do além em um local onde possam bisbilhotar a vida dos vivos.
     Segundo sua classe, nobreza, e condições financeiras, podem deixar seus ancestrais desde em cavernas, túmulos de pedra esculpidos a até o máximo das honras voyerísticas: pendurá-los em penhascos com ranhuras feitas na rocha para esse fim.
     O processo é muito dispendioso para a família e costuma durar muito tempo, as vezes chegando a durar anos até o ritual de depositar em seu local de descanso eterno. Nesse ínterim, os mortos ficam hospedados nas casas cerimoniais que são feitas para reunião de família e recepção de visitas, as Tongkonan.
Tongkonan
     Tongkonan são casas construídas sobre estacas em forma de barco, e são tão imponentes quanto importantes e influentes forem as famílias.
     A intenção desses sítios é justamente a recepção e integração de pessoas, e não objetos de moradas.
     Apenas, no caso, para nossos amigos temporários, os mortos que estão sendo mumificados.
     Curioso imaginar então, que quando for visitar Sulawesi, ilha principal desse exótico arquipélago, terá chance de ser recepcionado por algum nativo que o convidará para tomar chá na Tongkonan de sua família, e não será muito difícil ver sentado nas cadeiras ao seu lado talvez duas ou três cadáveres embrulhados em panos e embebidos de ungüentos sagrados esperando seu cantinho ser terminado.
Dizem que em momentos próximos do final do ritual, alguns cadáveres seguem sozinhos o caminho até suas criptas a céu aberto.
     Quando isso acontece, avisam os habitantes locais que não se deve tocá-los, olhar em seus olhos e nem mesmo chamá-los pelo nome.
     Ninguém sabe o que acontece se essas leis forem quebradas: todo mundo lá faz muita questão de respeitá-las quando isso acontece, e imagino que eu faria o mesmo se presenciasse de fato algo tão insólito na minha frente.
     Coisa que acredito não poder vivenciar, considerando que os últimos relatos de múmias andando como zumbis já remetem a algumas décadas. Creio que hoje os mortos preferem sombra e água fresca desde que morrem, deixando-se serem carregados.


quinta-feira, 4 de novembro de 2010

É fácil ser difícil. O difícil é ser fácil.

Aline - Tá difícil....
f - Difícil: palavra fácil de se dizer
Aline - Fácil: difícil de acontecer!
Luci - Acontecer: basta fazer!  

Albergues, gringos e pernilongos

     Entrei no albergue em Brasília, lá pela meia-noite e meia de domingo. Noite difícil pela frente, com batucada de Peruanos, Bolivianos e Venezuelanos em um congresso de arquitetura que iria durar até terça-feira. Um calor insuportável, pernilongos comendo solto.
     Entrei no quarto, meio claro, meio escuro, e escutei dois caboclos conversando vagarosamente em Inglês, como que tentando se entender em uma língua que não era materna pra ninguém, mas abraçava a todos nesses momentos.
     Um israelense e um campineiro, filosofavam na capital mais futurista e esquisita que esse mundo já conheceu, acerca dos segredos do universo.
     Cumprimentei os dois, arrumei minha mochila, pus meu pijama e deitei num dos beliches vazios. Daí, o Israelense, todo enrolado em um lençol (pernilongos?) naquele quarto abafado, me perguntou "What is the meaning of life?"
     Pensei um pouco, me concentrei em um sorriso encabulado, e respondi sem graça "42!". Funcionou, eles conversaram um pouco sobre o filme do mochileiro das galáxias, e eu aproveitei pra fingir um pouco que dormia.
     Mas, sério, enquanto estava com os olhos fechados, veio à luz a hipótese da alegria através do entendimento de que o fim é inevitável. É bobagem, lógico, mas eu estava num albergue no meio de uma terra desconhecida! Acho que mereço o esforço!!!!

Simpósio em boteco de mesa de lata : o fim é inevitável

"e ele, com sua barba magnífica, bebeu mais um gole de cerveja e nos revelou:
Para viver com felicidade, precisa conhecer um dos mistérios que regerá seu cotidiano, antes de forma intuitiva, agora voltada para o racional.
O verdadeiro segredo da vida é saber, ao certo, que ela termina.
Você pega e senta, reflete, medita bastante, e entende isso de verdade. Então, quando tiver isso intrínseco em seu ser, corre atrás das coisas que quer fazer, não em relação ao fim inevitável, mas baseado em que não pode mudar esse fato.
Daí precisa pensar nas suas prioridades: o presente momento, o médio prazo, a velhice ou o post mortem.
-     Presente momento: comumente chamado de Carpe Diem, te garante prazeres rápidos, geralmente mundanos, mas que enjoam devido seu caráter radical. Bom para se ter lembranças para a velhice, se lá conseguir chegar;
-     Médio prazo: planos em médio prazo costumam ser mais sólidos, e o prazer consiste em buscá-los mais que usufruí-los. Quem se concentra no médio prazo corre o risco de cair em duas armadilhas, ou nas duas:
+ ser áustero em demasia no presente, levando à sensação de insatisfação perene,
+ não saber quando parar, ou síndrome do "diversão só amanhã", passando do prazo para usufruir as conquistas. Esse tipo de comportamento não pode ser comparado com a prioridade velhice, pois os planos de médio prazo atrasados sempre acabam gerando prêmios para os herdeiros, como viajens, carros de luxo e casarões;
- Velhice: o interessante aqui é o conforto e a satisfação garantidas acima de tudo no final da vida. Não existem no caminho nada que atrapalhe a avassaladora e sensacional sensação de segurança, paz e tranquilidade que jamais poderá faltar nesse momento da vida. E com certeza, a intenção aqui é inevitavelmente torrar tudo e todos os esforços antes do último suspiro. Cautela com o óbvio: quem pensa só na velhice acaba não vivendo a vida;
- Post Mortem: O foco é a fama, a perpetuação do nome e os louros da glória. Indivíduos que priorizam o Post Mortem dedicam-se integralmente suas vidas para a posterização de suas obras, ou moem tudo e morrem tentando alcançá-la. Não tem nenhum defeito ou problema: essa priorização é o problema e o defeito em si. Torça para que a inspiração, o talento e a sorte estejam do seu lado, tal qual planetas alinhados no sistema solar. Tipo Glee. Don't stop, beleave it!"

Pensou nas suas prioridades? Esse é o primeiro passo. O seguinte é saber o que fazer com elas (continua...)

quarta-feira, 3 de novembro de 2010

Gratifica-se ou queimem-se no inferno.

Hoje estou triste, estou triste, tenho a tristeza em mim. Minha cachorrinha, Pena Quena Ponei sumiu quando deixei a gaiolinha dela aberta nesse dia melancolino em que comemoramos nosso dia dos mortos, 2 de novembro de 2010. Gratifica-se que tem criança doente em casa por causa do causo. É sério, e se você achou e não quer devolver, saiba que se a polícia não te achar, a justiça divina vai. Ô se vai. E que sua alma doente queime no inferno. Descrição. Cachorrinha pequena, meio que ovelhuda, late ardido e morde doído. Mas não machuca, dado sua pequenitude de raça maltês.