quinta-feira, 28 de outubro de 2010

Olhar mais altivo dos que realmente vejo.

    Quem me dera ter você mais uma vez aqui, pertinho do meu peito, que tem defeito de achar que só ama você.
    Quanto custa olhar sua vida mais de perto pra mim, que só vive no aquário do seu universinho blasé?
    Tudo é fácil quando estou longe, porque penso que posso fazer de mim o que bem quero.
     Mas tanto tempo de 3 minutos longe dos teus exageros e enfados comentários do cotidiano imutável me faz ansioso de ser múmia viva nessa vida de movimentos aleatoriamente invariáveis.
    Um passado inteiro sem futuro imediato, temo que me presenteie infinitamente com um presente solitário lotado de sua total e completa indiferença. Que nunca dispensei, e que sonho a cada dia junto ao meu travesseiro barato de espuma viscoelástica.
    Todo o dia que passa, sobrevivi mil segundos de me safar da sua insensatez. Porque de fato não me livro, que se livrasse ensandeceria de vez. Afinal, quem troca o forno à lenha pelo microondas, consegue ter forno à lenha sem as microondas? Essas suas microcurvas blasé...

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