Mas o carisma do filme é da pequena Morgana Davies, afluindo toda a energia da história em torno de sua personagem.
"A árvore" é um filme interessante, calmo, sobre a forma que as pessoas encaram mudanças em suas vidas e a forma que elas agem para livrarem-se de suas seqüelas.

Todos ficam perplexos com a morte, mas o ambiente do história não gira na dor da perda, e sim na desorientação dos membros da família sobre o novo rumo a seguir no cotidiano.
Cada um parece perdido da sua forma: a mãe perde seus horários e fica sonolenta, o filho mais velho de 15 anos(Cristian Byers) foca-se em estudar para ir embora pra Sidney, Lou de 9 anos (Tom Russell) corta os cabelos longos em protesto, o caçulinha (Grabriel Gotting) de 3 anos não se esforça pra falar, e a Simone de 8 anos abraça a árvore.
Abraça a árvore! Simone pensa que seu pai está encarnado nela, e mostra isso para sua mãe, que busca acreditar nisso, e de fato acredita.

Seria necessário protegê-la, como faz Simone? Aguá-la em tempos de seca, como faz Lou?
Talvez um mudança brusca seja necessário em nossas vidas. Talvez o novo só venha a florescer com a destruição completa do velho. Esquecer, com respeito. E seguir nossos caminhos. Esse filme propôe isso. Singelo, e com maestria. Bom para assistir a sós ou em casal.
"Numa mudança, você pode escolher ficar triste ou feliz. Eu escolhi ficar feliz. E fiquei feliz!" dita por Simone à sua amiguinha quando pergunta-lhe sobre como está após a morte do pai.
Nenhum comentário:
Postar um comentário