terça-feira, 4 de janeiro de 2011

Tão pequeno já fujindo do tempo!

    Quando era pequeno, sempre me preocupava com o tempo.  
    Perguntava ao meu pai, meu tio, aos professores, ao vizinho, tudo o que podia pra saber sobre os prazos da vida.
    "Pai, com quantos anos tem que começar pra ser faixa-preta de Karate?"
    "Professora, com quantos anos tem que ter pra ser pianista?"
    ... e eu tinha medo, muito receio e ansiedade. Os prazos sempre venciam pra tudo:
    "Pra ser competidor de bicicleta, tem que começar lá pelos 5 anos, pra virar cientista, tem que começar a faculdade bem novinho!"
    Tenso! Imagine pra mim, criança aniversariada de novembro, que tudo na vida começa atrasado!
    Então largava tudo pra depois... porque lá na frente eu vejo o que faço!
    ....e curioso! Depois tudo ficou melhor, quando o tempo mesmo deu a resposta pra mim!
    É incrível, mas depois de crescido, percebi que dá pra ser um bom karateca começando a treinar com 26, dá pra ser cientísta sendo retardado (bem, semi-retardado) na escola, dá pra aprender a pintar, desenhar, escalar montanhas, tudo em qualquer tempo. Mesmo porque, se começar a tocar flauta com 34 anos, terá 10 anos de experiência com flauta aos 44!
    "Ah, mas eu vou estar muito velho até lá, eu queria saber tocar agora!"
    "Não amigo, vai ter de ter paciência. É assim que as coisas funcionam!!!"
 
    O vetor é a vontade, não a época pra se começar.

2 comentários:

  1. Oi Fabrício !

    Tomei a liberdade de invadir o seu blog e ler alguns textos, ótimos por sinal. Esse sobre o tempo, adorei ("Os prazos sempre venciam pra tudo")
    ("Imagine pra mim, criança aniversariada de novembro, que tudo na vida começa atrasado!")

    Abços,
    Leila

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  2. Obrigada, cara Leila. Deve sentir-se em casa porque é bem vinda entre os filhos do carnaval!

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